quinta-feira, 19 de março de 2015

Da Renascença, pelo Pop Art, ao Street Art: O quanto a realidade pode ser perturbadora.

   O artista Marco Battaglini, com ateliê em San José, Costa Rica, desenvolve montagens fotográficas em cima de pinturas clássicas da Renascença, misturando com o universo da Street Art e ícones da Cultura Pop e da Propaganda. 
    Seu trabalho, inspirado na estética grega, retrata o divino em meio a atualidade cercada de excesso de informação, uma crítica a sociedade pelo consumismo no próprio ato de comprar, tal como no consumo de ideologias representadas pelas personalidades que podem ser encontradas nas pinturas, assim como logos de marcas e símbolos ideológicos. 
   O uso da Renascença simboliza o ser humano como centro da atenção, a superioridade divina, o belo. A Pop Art é a chegada da publicidade e propaganda no mundo artístico, a repetição, a histeria de cores. Nas obras de Marco, ela é o desejo pelo ter sobreposto a singela e não erótica sensualidade do nudismo renascentista. A Street Art vem de apoio ao protesto. Carregada de ideologias ela reforça a transição das linguagens artísticas, das barreiras culturais e temporais.
     Quando Battaglini fala sobre sua arte ele diz que: “Ela convida-nos a pensar que na aldeia global de hoje, com a "democratização" da cultura, a evolução do conhecimento, a informação imediata, imerso na heterogeneidade, as forças Patchwork na cultura, nos confronta com a necessidade de compreensão para além das nossas fronteiras geográficas de tempo.”
    As múltiplas realidades sobrepostas das personagens nos transmite uma perturbação que nos parece normal, uma excitação diferente, pois é harmônica. A antítese de belo e antiestético, a combinação do divino e refinado com o vulgar, reforçam o propósito do artista, eliminar as limitações que distorcem a realidade e a percepção de opostos. Confira algumas obras:

Confira mais do trabalho do artista em :http://www.marcobattaglini.com/

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