Ao nascer, somos como uma pedra de mármore, bruta, sem forma, inserida dentro de um “ateliê social”. As primeiras marteladas que nos modelam são de nossos pais ou de outros responsáveis que acompanham nosso crescimento, são as marretadas mais fortes que definem nossa educação.
Em seguida, tendo nos dado forma, nossos pais são obrigados a dividir sua obra com os demais usuários do ateliê, esse é o momento que a criança tem contato com a sociedade. A entrada na escola, o convívio com outras crianças, os professores transmitindo conhecimento, a igreja, o bairro e outros locais de convívio vão nós “lixando” e nós moldando mais e mais.
A mídia, que neste ponto, já está a bastante tempo incluída na nossa modelagem, entrando em nossas casas cada vez mais cedo através da televisão, rádio, internet, jornais e revistas, não conseguem ser restringida por nossos pais, no como e quando, ELA, mudara nossa forma. Os pais não devem se culpar, pois a mídia também os esculpiram.
Quando tomamos conta que somos uma escultura (algumas pessoas infelizmente nunca percebem), podemos ter mais controle, mas não completo, do que deixamos nos moldar. Um segredo - às vezes somos escultores de nós mesmos, e sempre somos escultores dos outros. Pela vida podem surgir intempéries para nós destruir (depressão, fobia social, pânico), toda via nós podemos nos reconstruir, porque nossa obra nunca está terminada, a sociedade está sempre nos mudando.
Note que essa comparação não passa da descrição do que é comportamento, pois ele é um conjunto de ações motivadas por uma determina causa. Muitas vezes presenciamos o comportamento, mas não sabemos a causa; quando conhecida podemos prever o comportamento, visto que ele é aprendido e pode ser controlado através de estímulos e manipulação do ambiente.
Estímulo= Resposta= Consequência.
Estímulos são reforços, positivos ou negativos que recebemos diariamente para nos gerar ações, definindo nosso comportamento. Um tipo de “classificação”, baseada em como olhamos o mundo. A chamada percepção, que muda de individuo para individuo dependendo da nossa bagagem cultural, filosófica, econômica ou simplesmente social
Desde modo, nos comportamos da maneira que interagimos com o meio. Temos pré-estabelecidas normais de convivência impostas pela sociedade, a moral, que depois de uma reflexão baseada no nosso olhar, gera nossa ética. A ética, como resultado dessa equação, nos dá um limite pessoal do que é um comportamento certo ou errado. Conhecendo esta percepção do indivíduo, podemos lhe dar o estimulo certo para gerar o efeito esperado.
A publicidade usa essa artificio de estimular um desejo, para que em cada necessidade o ser humano encontre uma razão para se sentir seguro, confortável, cobiçado, bem em todos os aspectos. O marketing vende o produto, a publicidade vende o motivo pela compra, a sensação de poder, a possibilidade de se embebedar de autoestima. E BUMMMM, o homem racional se reduz a uma pedra de mármore.
Davi de Michelangelo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário