terça-feira, 31 de março de 2015

Resenha crítica “Das Experiment”: O homem numa caixa.

   “Das Experiment” é um filme Alemão de 2001 baseado em fatos reais, o chamado experimento de aprisionamento de Stanford, ocorrido em 1971 na faculdade de Stanford na Califórnia. Tratava-se de uma experiência que envolvia 20 adolescentes homens voluntários com perfis psicológicos parecidos, que passariam 15 dias dentro de uma prisão simulada, distribuídos nos papeis de prisioneiros e guardas.  Com tudo foi abortada no sexto dia, pois os guardas ficaram extremamente violentos e os prisioneiros já demostravam inúmeros distúrbios emocionais.
   No filme, os voluntários são homens de várias idades e profissões que receberiam uma quantia de dinheiro após o termino da experiência. Dentre eles, Tarek Fahd (prisioneiro n° 77), um taxista que aceita a proposta de um jornalista de usar uma câmera escondida para depois vender a história. Essa foi uma das adaptações feitas no filme para ser mais atrativo no cinema, mas algumas cenas retratam fielmente o que aconteceu, como a invasão dos guardas nas celas usando extintores e obrigando os presos ficarem nus, presos tendo que limparem os banheiros com a própria roupa e castigo para as pessoas que mostravam ter vontade de deixar o experimento, e assim como no filme, o professor que coordenava o projeto demorou a cancelá-lo, mesmo com os estudantes dando sinal de fadiga emocional.
   Analisando algumas cenas, podemos fazer um paralelo entre o filme e a experiência em Stanford com os estudos sobre comportamento de Skinner, Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), psicólogo que defende que o meio ambiente é responsável pelo comportamento humano, e que este meio pode ser condicionado para dar estímulos positivos e negativos para o indivíduo responder com uma ação.
  Primeiramente temos o estimulo para atrair voluntários para a experiência, o dinheiro, que ao mesmo tempo serve para coibir o desejo de abandonar o projeto, já que ao desistir o indivíduo não recebe. Depois temos os testes para que um computador defina quem recebera cada papel. Propositalmente pessoas com potenciais perfis divergentes são colocadas em posições opostas, o caso de Tarek e um dos guardas, Berus.
   Definido os guardas e prisioneiros o condicionamento começa na entrega das roupas. Policiais recebem seus uniformes, algemas e cassetetes. Os prisioneiros recebem uma espécie de túnica, chinelos e a ordem quem só devem ser tratados pelos números escritos em suas vestimentas. Há também regras que os guardas leem para os presos: Obedecer imediatamente o que for pedido; não conversar depois que as luzes se apagarem; comer tudo que for colocado no prato; não respeitar as regras gera punição. Os guardas não devem usar de agressão física, entretanto precisam manter a ordem do local.
   Os trajes já servem de reforço como padronização de cargo, eles já mostrando a superioridade ou inferioridade. Transformar o indivíduo em um número o desumaniza, afasta de julgamentos emocionais, já que ser tratado pelo nome é o mínimo que de dignidade que uma pessoa pode ter. Regras com sistemas de punição é a base de condicionamento através de reforços negativos.
   No início, todos estão levando na brincadeira, mas durante uma refeição um dos presos recusa tomar leite, para que ele não fosse punido Tarek bebe em seu lugar. O Guarda que permitiu é rebaixado pelos outros guardas, então ele perde a paciência, vai até as celas e pune Tarek. Na outra refeição novamente o preso recusa o leite, Tarek estimula todos pagarem flexões pelo preso que não gosta de leite. Isso irrita todos os guardas, pois ele começa a fazer uma sequência de ações que desrespeitam as regras, mas diverte os outros prisioneiros. É o reforço positivo dos outros presos que vai transformando n° 77 em um rebelde.
    Um dos guardas, Berus, tem a ideia de humilhar os presos para manter o controle, é quando ocorre a invasão nas celas. A humilhação através da nudez é um reforço negativo, o ser humano se sente inferior, desprotegido, quando está sem roupa. Neste momento os guardas dão um aviso: toda vez que n° 77 desrespeitar uma regra todos serão punidos. A penalidade coletiva é outro reforço negativo, que faz com que Tarek tenha que pensar em todos antes de agir.
    As outras humilhações anteriormente citadas vão dando mais sensação de poder aos guardas, são reforços que tanto os desumanizam que eles sentem prazer com a vergonha alheia. Tudo piora quando um cofre é colocado no meio da sala como futuro instrumento de tortura para o próximo desrespeito. Um símbolo tão ameaçador, que só sua presença carrega o lugar de mais medo.
     Tarek é colocado no cofre porque tenta enviar uma carta pedindo ajuda para fora da prisão. Uma curiosidade é que o ator, Moritz Bleibtreu, que interpreta o n° 77, é claustrofóbico, o que deixa a cena dele aprisionado, mas perturbadora.
    Neste ponto, já no quinto dia, o professor responsável viaja e a pesquisadora que acompanha decide parar a experiência. Berus acredita que a carta e o pedido de finalização são mais uma avaliação para os guardas, algo combinado para testar como se comportariam com a possibilidade de um agente externo. A liderança violenta de Berus está tão estimulada que sua megalomania pré-existente está muito “alimentada”.  Ele manda trancar dois pesquisadores junto com os presos, começam a usar violência, um preso morre e depois um guarda. Cenas tão chocantes que são difíceis de ser descritas. No fim Berus é preso.
   Uma consideração que deve ser feita sobre um dos acontecimentos nesta parte final é que momentos antes dos policiais invadirem as celas alguns presos abrem uma saída. Os traumas de alguns são tão grandes, que estes não conseguem atravessar a linha que os mantinham atrás das grades ou esquecem de tirar a fita que tampam suas bocas, necessitando de ajuda. Mais uma vez um símbolo reforçando as punições e também servindo como memória de controle.  São como filhotes de elefantes presos com bolas de aço, que quando crescem não percebem sua superioridade de tamanho e força comparadas com o peso da esfera.
      O filme mostra como realmente é possível condicionar através do ambiente e dos reforços que são dados, e que este ou qualquer outro teste com pessoas com certeza sairá do controle, pois apesar de ser possível dar um estímulo para conseguir uma ação, não previsível como será a reação devido todos os agentes emocionais e físicos individuais de cada ser humano.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Alice no País das Maravilhas: Uma viagem alucinógena.

Alice no País das Maravilhas sem dúvida é um dos contos mais divertidos e cheio de morais e interpretações profundas da literatura mundial. Publicado em 1865 por Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido como Lewis Carroll, foi lançado sem especificar se era uma história infantil ou para adultos. O livro fez tanto sucesso que em 1871 ganhou uma continuação, Alice no País dos Espelhos. A riqueza de signos e personagens é algo que me faz querer ao longo do tempo trazer mais informações aqui no blog. Nesta postagem trago uma curiosidade da animação da Disney de 1951.
Houveram tantas adaptações diretas e indiretas do filme que se eu tentasse contar durante uma mesa de chá, o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março me deixariam louco antes que eu terminasse, entretanto o destaque na animação da Disney é o modo que eles conseguiram adaptar o livro de forma curta (1h15min) para prender a atenção de uma criança, mas ao mesmo tempo agradar os adultos e deixar intepretações que só “crianças crescidas” entendem, assim como o autor fez no livro.
Antes de continuar, talvez um termo que vocês não conheçam: “Easter Eggs” (ovos de páscoa) são referências deixadas em filmes, livros, series, músicas, jogos e...etc, propositalmente por escritores, produtores, e outros criativos para quem tenha contato com seu trabalho possa se divertir procurando. A Disney faz isso com todos os seus filmes e um dia comentarei sobre eles. Estes de Alice no País das Maravilhas é baseado na “lenda urbana” de que o autor escrevia o conto enquanto estava sobre efeito de LSD, uma droga alucinógena.
As imagens a baixo mostram trechos do filme que nós quando crianças não conseguíamos por falta de conhecimento relacionar ao consumo de drogas e entender a metáfora. Percebam que easter eggs são deixados propositalmente para que quem assista faça a uma interpretação livre, só que muitas dessas imagens fazem bastante sentido. Se divirtam com a postagem, e um “Feliz Desaniversário para todos”
Cocaína
LSD
Maconha
Ecstasy 
Metanfetamina
Cogumelo
Nicotina
Óxido Nitroso
Ópio
Speed, nome popular de Anfetamina.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Pai e filha recriam álbum de casamento como homenagem a esposa/mãe vítima de câncer.

     Ben e Ali Nunery se casaram em 2009. Como comemoração ao casamento eles decidiram que seu álbum seria tirado no local onde passariam o resto de suas vidas- A casa recém comprada. Dois anos e meio depois, Ali faleceu devido a um câncer de pulmão, deixando o marido e uma filha, Olivia.
      Ben decidiu mudar-se de casa com a filha, mas não poderia abandonar as memórias que o local trazia da sua esposa.  Para homenagear Ali e se despedir do antigo lar, pai e filha recriaram as fotos de casamento em um ensaio com a ajuda da fotografa Melanie Tracy Pace, irmã de Ali. O Resultado foi emocionante e também se tornou lembrança de 3 anos de idade da pequena Olivia.
     Sobre reviver momentos bons que teve com a esposa, desta vez com a filha, Ben diz : “Muita gente me perguntou como eu me senti durante a sessão de fotos. O que eu quero que as pessoas saibam é que não é uma história de dor, perda e sofrimento. Sim, eu vivi todos esses sentimentos e ainda os vivo, mas não é isso que quero transmitir com as fotos. Essa é uma história de amor.”
     E acrescenta: “Dissemos adeus para Ali dois anos atrás, mas sua presença permanece indiscutivelmente na casa. Nossas vidas vão continuar por uma trilha incerta, mas Olivia vai poder olhar essas fotos e saber que, mesmo que por pouco tempo, havia um lugar onde eu era o homem mais sortudo do mundo.”
     Confira as fotografias:
     Para se emocionar mais com outros álbuns de família e com fotos retratando a luta de Ali, acesse o blog da fotógrafa Melanie Tracy Pace.

terça-feira, 24 de março de 2015

Oliviero Toscani: A publicidade além da publicidade.

Nascido em 1942 em Milão, o fotografo e publicitário Oliviero Toscani trabalhou em importantes revistas como Elle, Vogue for Man, GQ e Mademoiselle, mas foi na década de 80 quando começou a desenvolver peças para a empresa de moda Benetton, que seu nome tornou-se mundialmente conhecido.
Os primeiros trabalhos de Toscani para a Benetton adotavam o conceito “Todas as cores do mundo”, aplicado ao slogan “United Colors of Benetton”, onde faziam o paralelo de variedade em cores de vestuários que a marca produzia com a luta pela igualdade racial. Tema que na época era um tabu maior que hoje devido o regime do apartheid na África do Sul. Observem algumas peças:
Na imagem vemos uma mulher negra amamentando uma criança branca, que pode ser interpretado como uma analogia aos tempos de escravidão, onde escravas serviam de amas de leite. A postura das personagens remete segurança materna e aconchego, representando a harmonia entre pessoas de etnias diferentes. Outro índice simbólico que podemos usar como reforço a não distinção racial é o enquadramento da foto, que não revela o rosto da mulher, visto que para uma criança características físicas são irrelevantes durante um momento afetivo de relação primária. 
Nesta segunda imagem temos a representação de duas crianças, uma negra e outra caucasiana, sentadas em penicos frente uma a outra. A criança negra toca os lábios da outra criança com o dedo indicador fazendo o mesmo gesto nos seus próprios lábios, mostrando a curiosidade e a comparação perante as diferenças. Semioticamente falando, o dedo indicador representa o dedo da vida, o qual o ser humano usa desde criança para explorar, descobrir o mundo. As duas personagens estão nuas, e a nudez representa a pureza. Para definir o símbolo das crianças cito o poeta francês Alain Gheerbrant “crianças representam inocência, estado anterior ao pecado, simplicidade e espontaneidade sem intenção de dissimular”, no ponto de vista publicitário, elas são mais usadas que adultos para chamar atenção numa publicidade. No gesto de estarem sentadas podemos interpretar de duas formas. O “Assento” pode representar superioridade ( uma raça sobre a outra) ou simpatia entre duas pessoas. As pernas que se cruzam representam um vínculo social, e por ultimo as cores dos penicos fazem referência a guerra fria que dividia o mundo economicamente; o azul representando países capitalista e o vermelho os países socialistas.
Já esta imagem mostra três corações, com as legendas “ Branco, Preto e Amarelo”, que representam igualdade em um único simbolo. O Coração definido não apenas como centro das emoções humanas, mas como centro do próprio ser humano.
Na década de 90, já conhecido por seu modo único e polêmico de divulgação, Toscani traz novos assuntos para as peças da Benetton. Sua inspiração para  criar uma campanha com 11 fotos de “Choque de realidade”, tratando de assuntos como a AIDS, religião, pena de morte e homossexualidade, nasce após outro publicitário da empresa, Therese Frare,  mostrar em uma propaganda da marca a cena de David Kirby , portador do vírus HIV, deitado em um leito domestico em seus últimos momento com vida, através da autorização do próprio David, que era ativista e gostou da iniciativa da Benetton ao querer torna-lo um simbolo de luta contra AIDS.
Neste momento a marca investiu em ações comunitárias como complemento a publicidade, distribuindo livretos sobre sexo e camisinhas na Itália, Estados Unidos e Brasil. As campanhas sobre o vírus HIV tiveram uma repercussão tão grande que no ano seguinte a primeira campanha, no dia do combate a AIDS, a Benetton cobriu o Obelisco da Place de la Concorde  na França com um enorme preservativo.
Era de se esperar que em meio a tanta polêmica em algum momento Toscani teria problemas com a justiça. O de maior repercussão foi de acusações da UNICEF, no cartaz "Monumento a um soldado conhecido". A peça, apoiada pela cruz vermelha e pela família do jovem, retrata as roupas ensanguentadas do soldado Marinko Grago, morto na guerra sangrenta da ex-Iugoslávia, conflito movido pela intolerância religiosa e nacionalista. O modo que as roupas estão distribuídas representam a posição do corpo no momento da morte. Foi lançada em 110 países, mas recusada pela Los Angeles Time.
A UNICEF, apoiada por instituições alemãs de defesa dos direitos humanos, contestava a veracidade da fotografia, que depois foi provada ser falsificada pelo semanário alemão Die Woche, em reportagem de Klaus Lange, publicada no mesmo ano. Olivieiro se defendeu dizendo que a imagem retratava uma realidade, e acrescentou que todas as suas campanhas mostram o que os jovens têm curiosidade em saber. Em suas palavras: “Por quê? Porque eu contava coisas que interessavam. Aos jovens interessava saber o que era a AIDS”.
Em 2000, Toscani sai da Benetton, por decisão da empresa que preferiu voltar ao conceito de “todas as cores do mundo”, dessa vez criando peças mais leves, com harmonia entre as cores das roupas da marca e os modelos de várias etnias.
Já em 2011, Oliviero volta para empresa para uma campanha ousada: “UNHATE”. Criada para promover o combate ao ódio. Nela são representados líderes políticos e religiosos com ideais opostos se beijando através de fotomontagem. As peças foram criadas para veiculação na internet, acompanhadas de marketing de guerrilha com cartazes e projeções na rua.
A campanha também conta com um vídeo, onde mostram pessoas diferentes brigando e se beijando, e também um site, The Kiss Wall, onde qualquer pessoa pode postar uma foto fazendo a ação do beijo e combinar com a foto de outra pessoa fazendo a mesma ação. Site ainda ativo.
Mas Afinal, os trabalhos de Oliviero Toscani são peças publicitárias ou ações sociais?
O modo de criar de Toscani se diferencia de outras publicidades pois foge do convencional em apresentar um produto através da transmissão de felicidade e pessoas bonitas com seus lindos sorrisos brancos. A intenção é distanciar o leitor da publicidade comum e faze-lo refletir sobre a preocupação da marca sobre vários assuntos e assim moldar uma visão de que a empresa tem preocupações com a sociedade. A função da publicidade é chamar a atenção e despertar sentimentos; compaixão, curiosidade, repulsa e espanto são os sentimentos que o fotografo resolveu trabalhar e acertou nisso, pois a mídia espontânea que era gerada chegava a lugares que a Benetton não conseguiria alcançar. Foi um belo golpe de marketing escolher alguns veículos para vincular as peças e esperar que os outros veículos comentassem sobre o assunto. Também foi um modo de economizar dinheiro, pagava-se para uma revista ou uma rede de televisão e sua peça era vista em todas as mídias.
Em resumo, suas criações são peças publicitárias que transmitem a preocupação da marca em temas sociais. E mesmo que Oliviero diga que ele não é um publicitário, ele ainda é um dos mais geniais. Termino com duas de suas frases.
“Não fiz publicidade, só especulei em cima da publicidade. Fiz o contrário. Nenhum jornalista tem a possibilidade de ter a própria imagem ou o próprio artigo em todos os jornais do mundo, no mesmo dia. Entendi que essa possibilidade enorme existia e fiz isso, fazendo coisas interessantes. Você tem a imprensa inteira interessada no que você tem a dizer. Entendi como usar a imprensa, como especular”
“Fazem pesquisa de mercado para descobrir que camundongo gosta de queijo. As agências de publicidade são uma grande farsa. Tudo o que eu faço é novo. Não faço um trabalho baseado na experiência, não é interessante. A criatividade nasce de ações inseguras. Na insegurança máxima, você consegue atingir o máximo de criatividade. Se ficar na esfera do seguro, fará mediocridades”  

quinta-feira, 19 de março de 2015

Da Renascença, pelo Pop Art, ao Street Art: O quanto a realidade pode ser perturbadora.

   O artista Marco Battaglini, com ateliê em San José, Costa Rica, desenvolve montagens fotográficas em cima de pinturas clássicas da Renascença, misturando com o universo da Street Art e ícones da Cultura Pop e da Propaganda. 
    Seu trabalho, inspirado na estética grega, retrata o divino em meio a atualidade cercada de excesso de informação, uma crítica a sociedade pelo consumismo no próprio ato de comprar, tal como no consumo de ideologias representadas pelas personalidades que podem ser encontradas nas pinturas, assim como logos de marcas e símbolos ideológicos. 
   O uso da Renascença simboliza o ser humano como centro da atenção, a superioridade divina, o belo. A Pop Art é a chegada da publicidade e propaganda no mundo artístico, a repetição, a histeria de cores. Nas obras de Marco, ela é o desejo pelo ter sobreposto a singela e não erótica sensualidade do nudismo renascentista. A Street Art vem de apoio ao protesto. Carregada de ideologias ela reforça a transição das linguagens artísticas, das barreiras culturais e temporais.
     Quando Battaglini fala sobre sua arte ele diz que: “Ela convida-nos a pensar que na aldeia global de hoje, com a "democratização" da cultura, a evolução do conhecimento, a informação imediata, imerso na heterogeneidade, as forças Patchwork na cultura, nos confronta com a necessidade de compreensão para além das nossas fronteiras geográficas de tempo.”
    As múltiplas realidades sobrepostas das personagens nos transmite uma perturbação que nos parece normal, uma excitação diferente, pois é harmônica. A antítese de belo e antiestético, a combinação do divino e refinado com o vulgar, reforçam o propósito do artista, eliminar as limitações que distorcem a realidade e a percepção de opostos. Confira algumas obras:

Confira mais do trabalho do artista em :http://www.marcobattaglini.com/